Papo de Budega

de Sandra Monte

  • Contact/ Contato

  • Links

  • Archive / Arquivo

Archive for the ‘Interview’ Category

ANIMA INFO 441 – Especial

Posted by Sandra Monte on March 11, 2008

Entrevista com Sérgio Figueiredo

O Papo de Budega conversou com Sérgio Figueiredo, o diretor de redação publicações licenciadas da Abril (Disney, Warner, Nickelodeon, DreamWorks). Figa, como é conhecido no meio, é formado em jornalismo e administração de marketing. Ele começou como editor das revistas em quadrinhos Marvel e DC em 1987.
No ano seguinte, atuou como editor-chefe de todas as publicações de super-heróis até 2002, quando a Marvel passou a ser publicada pela Panini. Figa assumiu as publicações Disney em 2003 e hoje é diretor de redação das publicações licenciadas (Disney, Warner, Nickelodeon, DreamWorks).
Ele nos falou – em especial – das edições de quadrinhos. Contudo, a redação também atua com revistas de informação, revistas de atividade e álbuns de figurinhas.


Qual o seu personagem favorito?
Pergunta sempre difícil. Entre os heróis: Homem-Aranha. Na Disney: Donald. No cinema: Indiana Jones.

A veiculação dos desenhos clássicos Disney na Globo contribuiu para a venda dos quadrinhos?
Não há uma ligação direta entre a veiculação dos desenhos na TV e a venda das revistas em quadrinhos Disney. Pelo menos, nada que possamos mensurar. De qualquer forma, é sempre melhor ter seus personagens na mídia eletrônica do que fora dela.

O que seria necessário para que a Abril pudesse voltar a produzir quadrinhos Disney no Brasil?
Esta é a questão: não existe, pelo menos no momento, necessidade de fazê-lo. A produção estrangeira é ampla e variada e atende perfeitamente as necessidades do nosso mercado.

Outras editoras aproveitam recursos de seus grandes hits e investem em seus outros produtos. Essa poderia ser a solução para a produção de histórias Disney nacionais?
Não precisamos investir em quadrinhos Disney nacionais. As histórias nacionais atenderam uma necessidade de outros décadas, quando havia mais demanda por gibis Disney do que histórias disponíveis para se publicar. Além do mais, o mundo globalizado tornou a temática Disney ainda mais universal do que já era.

Na Itália existem programetes na TV sobre os lançamentos Disney. A Abril teria interesse em uma joint-venture desse tipo com o Disney Channel?
É sempre possível, mas é preciso entender que quem edita os quadrinhos Disney na Itália é a própria Disney, não um empresa licenciada como no resto do mundo, inclusive no Brasil. Desta forma, há uma simbiose natural entre a editora e o canal. Já no Brasil, precisaríamos costurar um acordo que se assemelha à “publicidade editorial”, um assunto sempre espinhoso.

Por que a Abril não publica mais histórias Disney francesas e holandesas?
Temos um interessante acordo de fornecimento firmado com a Itália e a Dinamarca, acordo este que atende, por enquanto, as nossas necessidades.


A Abril tem interesse em lançar a Witch versão mangá? Ou estudou a possibilidade de lançar outros mangás Disney?
Estamos analisando os novos mangás. Existe, sim, a possibilidade de serem lançados no Brasil, assim que concluirmos a coleção Carl Barks no segundo semestre.

O projeto Inducks está próximo de catalogar todas as revistas Disney publicadas até hoje no Brasil. Também foram levantados muitos créditos de histórias nacionais considerados perdidos. Quanto o projeto auxilia na produção das revistas Disney? Quais outras iniciativas dos leitores a Abril aprecia e apoia?
O Inducks é uma ferramenta maravilhosa. Admiramos e respeitamos o esforço e a dedicação das pessoas que atualizam essa incrível enciclopédia virtual Disney. O Inducks auxilia nossos editores nas pesquisas para as edições nacionais e até mesmo na elaboração de respostas aos leitores nas seções de cartas. Quanto a outras iniciativas de leitores, ficamos sempre muito satisfeitos quando nosso público escreve e liga para a Redação, comentando, opinando e criticando.

Quais são os planos da Abril depois que a coleção do Carl Barks terminar? Há algum projeto para o retorno de “Mestres Disney”?
Não especificamente Mestres Disney. Mas deveremos contemplar autores e sagas clássicas em futuras coleções. Também estamos estudando como realizar uma bem-sucedida volta de edições temáticas, no estilo Disney Especial.

Como será a distribuição dos quadrinhos daqui em diante? Existe alguma previsão de quando os kits com revistas Disney de linha chegarão de fato à Loja Abril?
No ano passado, implementamos a distribuição em fases para os quadrinhos. Primeiro, capitais e principais cidades das regiões Sul e Sudeste. Depois, em pacotes promocionais com 4 edições, as revistas chegam às capitais e principais cidades das demais regiões. Infelizmente, tivemos problemas em disponibilizar os quadrinhos na Loja Abril. Recebemos algumas mensagens furiosas (e com razão!) de clientes que não conseguiram comprar os gibis pela internet. Mas a situação deverá ser regularizada em breve.

Muito discute-se na net qual o público dos quadrinhos Disney no Brasil. Possivelmente os leitores seriam mais adultos. Não seria interessante ter um website com uma “cara” mais adulta para estes leitores?
Em termos. De fato, temos milhares de leitores que aprenderam a ler e cresceram lendo os gibis Disney – fãs que agora têm 40, 45, 50 anos de idade. Muitos, inclusive, dão testemunho disso em nossas seções de cartas.
Por outro lado, temos milhares de crianças que estão entrando no mundo mágico Disney neste instante. Essas crianças também se manifestam em nossas seções com a mesma ênfase e carinho dos adultos. Acredito que o planetadisney.com.br atende os dois públicos, fazendo o papel de vitrine de nossos lançamentos. O público adulto, mais crítico, é servido com nossas notícias diárias no planetadisney.com.br, além de participar ativamente de listas de discussão em outros sites.

A Abril já está se preparando para a veiculação do High School Musical Brasil, com álbuns ou revistas especiais?
Sim, em abril teremos uma coleção de fotocards e uma nova revista de HSM A Seleção.

Alguma novidade da marca Powers Rangers? Haverá algum material especial em comemoração a 15ª temporada?
Estamos desenvolvendo com a Disney, para os fãs de todas as idades, um superálbum de figurinhas com todas as temporadas da série: heróis, vilões, equipamentos, zords, etc. Se tudo der certo, deveremos ter o álbum pronto para o segundo semestre. A revista mensal tem mostrado as séries SPD e Mystic Force. Operation: Overdrive vai estar em abril na nossa revista de atividades Pinte Legal, destinada a crianças de até 8 anos.

Serão lançadas figurinhas com as Olimpíadas como tema?
Isto ainda está indefinido.

E as outras licenças?
A Editora Abril adquiriu os direitos de muitos grandes personagens para figurinhas e revistas. Vocês irão ver nas bancas muito em breve.

Aparentemente, a Panini cancelou o título Monster Allergy, que tempos atrás pertencia a Abril. A editora acredita na possibilidade de retomar este quadrinho?
Não existe essa possibilidade, pois não é do nosso interesse.

Você teria algum outro comentário que gostaria de fazer e eu não perguntei?
Gostaria apenas de agradecer a oportunidade e o convite para a entrevista. E dizer aos fãs de HQs e colecionadores de figurinhas que muitos bons produtos estão a caminho.

Muito obrigada pela entrevista

Posted in Disney, Entrevista, Inducks, Interview | 6 Comments »

ANIMA INFO 425 – Special / Especial

Posted by Sandra Monte on February 22, 2008

INTERVIEW WITH TOEI´S DIRECTOR KAZ YAMASHITA


Papo de Budega talked with Kaz Yamashita, Director, Licensing and General Administration of the Toei Animation. He and president company had come to Brazil in 2007. With more time, Yamashita said us about Brazilian market and some titles.

Does Toei knew about the dubbing problems in Saint Seiya Hades Chapter Inferno and how much the studio exchange disliked Brazilian fans?
We have heard the fans’ feedback a little bit, but don’t know how big the fans against the dubbed version. Please let us know the issue and we would like to solve such issue or future dubbing.

Saint Seiya it’s not a big success in U.S.A. , one of the biggest markets of the world. The delay in Saint Seiya production occurred due to the failure in U.S.A.?
I don’t know the exact reason. When we launch the show in each market, we always believe it would succeed, but sometimes didn’t. We don’t think there was a delay in production of English version.

Does Toei believes that selling anime in phases (52 episodes then 52) can be a problem or confuse the licensing? Is it not better to sell bigger lots?
If possible, we would like to license the entire show at one time. But as you know, sometimes the episode licensed would be 52, 70 or could be over 200, due to the broadcaster’s budget or timing of the production.

How doe Toei sees the posture of fansubers and other not official exhibition vehicles?
Do you mean how we feel against fun-sub version on the internet?
Fansubers on internet. But, in Brazil , it has sale of DVDs “not official” in stores. How do Toei sees the posture this stores that sales pirates DVDs?
If we find such illegal DVDs sold at stores, we investigate first and discuss with our Tokyo HQ to take legal action. At the same times, we always seek for the opportunities of official license.

In Brazil, censorship creates a schedule to the TV programs according to the hours of exibition. Most of the Toei titles, however, are rejected by the censors. Does the company know about that? What does Toei do to avoid this kind of problem?
We don’t think most of our titles were rejected by Brazilian censorship because we could license Dragonball, Saint Seiya, Sailormoon or Digimon before. We understand the Censorship is a challenge to lots of animation studios like us. Along with free TV networks, we are working on other outlets to exhibit our shows such as cable channels or DVDs.

The Digital TV system in Brazil (HDTV) is similar with the one used in Japan . Does Toei already thinks about developing strategies for the system (implemented in December 3th) or is it still too early?
We have started providing some TV series in Japan in a HD format.

Toei has offices in Europe, Phillipino and United States . The company have intentions to open an office in Latin America?
Sorry I don’t have any idea.

Slam Dunk was shown in the Animax Asia channel. Do you know if the anime will arrive at Latin America Animax?
I don’t know. We hope can work with Animax Latin America with our titles as many as possible.

National Kid, Tokkei Winspector, Bishoujo Kamen Poitrine and Kamen Rider had been shown in Brazil some years ago. Does Toei retain the rigths and tapes from those original brazilian dubbings?
Those live shows are not our titles.

One Piece could have “substituted” Dragon Ball Sagas success, but the 4Kids’ edition “killed” anime in American continent. How does Toei can revert the situation and malke profits with One Piece on the region?
We would like to exhibit the original version but sometimes it is difficult with the requirements from each local TV network or government. Sometimes uncut DVD.

Do you know when One Piece anime will finish?
No. I don’t have any idea.

Dragon Ball Sagas is still Toei’s biggest commercial success? Or there are other important titles in the commercial focus?
Yes. DB series is our biggest success. Currently, Pretty Cure is getting expanding in the international market. Saint Seiya and Digimon are also some our popular franchise to the international market.

Is it in the company’s intends to participate of the commemoration of the Japanese Immigration Centenarian in Brazil?
At this moment, we don’t have a specific plan but we would like to think the possibility to work on the 100th anniversary from the 1st immigrant, not only introducing our titles.

Thanks so much for interview

ENTREVISTA OCM KAZ YAMASHITA, DIRETOR DA TOEI ANIMATION

O Papo de Budega conversou com Kaz Yamashita, gerente geral e diretor da Toei Animation. Ele e o presidente da companhia vieram ao Brasil no final de 2007. Com mais tempo, Yamashita falou um pouco mais do mercado brasileiro e alguns títulos.

Toei soube dos problemas relacionados a dublagem de Cavaleiros do Zodíaco: Hades – A Saga do Inferno? E quanto a troca de estúdio desagradou os fãs?
Nós ouvimos um pequeno número de fãs, mas não sabíamos que muitos fãs não gostaram da dublagem. Por favor, gostaríamos de saber de tais problemas para resolvê-lo em ocasiões futuras.

Cavaleiros do Zodíaco não foi um sucesso nos Estados Unidos, um dos maiores mercados do mundo. O atraso na produção de CDZ ocorreu devido ao não sucesso nos EUA?
Não sei o motivo exato… Quando lançamos um título em cada mercado, nós acreditamos sempre que terá sucesso, mas às vezes isso não acontece. Não acreditamos que o atraso da produção ocorreu por causa o mercado americano.

A Toei não acredita que as vendas em fases (52 episódios em 52) pode ser um problema ou atrapalha no licenciamento? Não seria melhor vender em grandes lotes?
Se possível, gostaríamos que um anime fosse ao ar todo de uma vez só. Mas, muitas vezes, as licenças acontecem de 53, 70 ou até um lote superior a 200 episódios, devido às exibições na televisões ou calendários de produção.

Como a Toei vê a postura dos fansubers e outros tipos de exibições não oficiais?
Você quer dizer fansubers de internet?
Fansubers de internet… Mas, no Brasil, existe a venda de DVDs piratas em lojas. Como a Toei enxerga a postura das lojas que vendem DVDs piratas?
Se encontrarmos DVDs ilegais vendidos em lojas, nós investigaremos e discutiremos com a Central em Tóquio para tentar uma ação judicial. Ao mesmo tempo, sempre tentaremos fincar as oportunidades de licença oficial.

No Brasil, a classificação etária (censura) criou horários para os programas de televisão. Muitos títulos da Toei, entretanto, foram rejeitados pela censura. O que a Toei pensa disso? A empresa acredita que isso é um problema?
Não acreditamos que maioria dos nossos títulos foram rejeitadas pela censura brasileira porque licenciamos Dragonball, Cavaleiros do Zodíaco, Sailormoon ou Digimon antes. Entendemos que a censura é um desafio para muitos estúdios de animação como nós. Juntamente com redes de TV aberta, TVs a cabo e empresas de DVDs, estamos trabalhando em outros mercados para expor nosso material.

O sistema de TV digital (HDTV) do Brasil é semelhante ao usado no Japão. A Toei já está trabalhando no desenvolvimento de estratégias para este novo sistema?
Começamos a trabalhar com algumas séries de televisão no formato HDTV.

A Toei tem escritórios na Europa, Filipinas e Estados Unidos. A companhia pretende abrir um escritório na América Latina?
Por hora, não tenho conhecimento disso…

Slam Dunk foi exibido pelo Canal Animax na Ásia. Você sabe se o anime chegará ao canal na América Latina?
Não sei. Esperamos poder trabalhar com o Animax LA com nossos títulos o mais breve possível.

National Kid, Winspector, Bishoujo Kamen Poitrine (Patrine) e Kamen Rider foram exibidos no Brasil anos atrás. A Toei tem os direitos destes títulos com as dublagens originais?
Estas séries não são nossas propriedades…

One Piece poderia ter sido o “substituto” do sucesso de Dragon Ball Sagas, mas a edição da 4Kids “matou” o anime no continente americano. Como a Toei pode reverter esta situação ter lucros com OP na região?
Gostaríamos de exibir a versão original, mas muitas vezes é difícil com os requisitos de cada rede de televisão local ou do governo local…

Você sabe quando o anime de One Piece acabará?
Não faço idéia…

Dragon Ball sagas ainda é o maior sucesso comercial da Toei? Ou já há outro anime importante no quesito comercial?
Sim… DB sagas é nosso maior sucesso. Atualmente, Pretty Cure está crescendo no mercado internacional. Cavaleiros e Digimon são algumas de nossas mais populares franquias no mercado internacional.

A empresa pretende participar da Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil?
Até o momento, não temos um plano específico, mas gostaríamos de pensar em uma possibilidade de atual no Centenário, não apenas com nossos títulos…

Muito obrigada pela entrevista

Posted in Cavaleiros do Zodíaco, Dragon Ball, Entrevista, Interview, One Piece, Toei Animation | Leave a Comment »

ANIMA INFO 390

Posted by Sandra Monte on January 16, 2008

Berlin Gallery to Host Yoshitaka Amano Art Show

The Galerie Michael Jansen in Berlin, Germany will launch a solo exhibition of new art by the illustrator and anime/videogame designer Yoshitaka Amano on January 18. The “Yoshitaka Amano: Deva Loka” exhibit will feature over 30 new works — several of which can be seen on the gallery’s website.
Complete news on Anime News Network.

A nota do ANN informa uma exposição de Yoshitaka Amano 天野 喜孝 , que acontece na cidade de Berlim. Ele é desenhista, ilustrador de pinturas, animes e games. Seus trabalhos mais conhecidos são as várias versões de Final Fantasy games e Vampire Hunter D anime. Só para lembrar, o Papo de Budega já fez uma entrevista com o artista, que pode ser acessada neste link.

Posted in Animes Diversos, Entrevista, Game, Interview | Leave a Comment »

ANIMA INFO 340 Special

Posted by Sandra Monte on October 8, 2007

INTERVIEW


Papo de Budega had a talk with Jungo Maruta, President of the Madhouse Studios, and Alex Yeh, it’s representative. They answered our questions, some weeks after their visit to Brazil in July. Attention: Portuguese version can be seen in sites Jbox and Animagic Animation. And in Papo de Budega still this week.

Says a little of your career out and inside of the Madhouse.
I was nominated president and CEO of the MADHOUSE, thus that public company INDEX acquired studio. Also, I had suggested for the CEO of the INDEX (my friend of more than 10 years) to buy MADHOUSE, a time that anime is a japonese typical media that has potential to conquer the cinematographic industry of the world.

Which was biggest success title of the studio?
“Success” can be interpreted many ways, but we can say that Ninja Scroll, Vampire Hunter D, Death Note, Nana, Metropolis, Paprika, Tokiwo Kakeru Shojo are titles well-known.

Many Japanese publishing companies have its proper producers or agreements with specific studios. Has Madhouse some specific contract with some publishing company in Japan?
We have relationship with all publishing companies. Recently, we have produced more titles based KODANSHA and SHUEISHA publications.

In one anime or movie, if something has that to be modified, who is the last word: producer, director or author? Or is it changeable in accordance with title?
Basically we give finishes word to director. It´s our procedure standard.

How much is time a TV episode ready?
Normally, we initiate pay-production one year before the series will be air. Therefore, if series one goes to last 1 year, will be producing during two years.

Madhouse has some control of the quality of its titltes that are launched by world, or is this position just of the deliverers?
Normally it´s position of the deliverers, but we are in involving each time more.

Death Note´s a success. But the it has many controversies involving the title. What Could you say about Death Note?
I bilieve that title is extremely appropriate for entertainment. I particularly, wouldn´t like to find one ‘death note’…

Madhuse has diverse mature adults titles. Is this proposital?
It´s coincidently the success titles are come back for adults, but Madhouse also produces animes for children. Doesn´t exist strategy or intention to create image of we just make movies for adults. The industry placed this image in our studio.

What do studio not accepted to make?
We don´t enter on situation who we have that to dispute the production for the price. We don´t produce movies that our directors don´t feel themselves attracted.

Is Brazil the first country of Latin America that a representative of the Madhouse visits?
Yes, inside of my knowledge.

Despite great population, Brazil still don´t have a great anime market. What do Madhouse found interesting in Brazil to make visit?
I believe we have chance any country where has fans attending anime. I particularly was made an impression with so great passion of Brazilian fans, and I believe on future business-oriented in Brazil. If exists a restriction factor, it´s official language to be Portuguese (well less spread out do that Spanish).

Do you already knew the events of anime happen here?
Honest, not..

On the conference press, you said that would be interesting to make partnerships with Brazil to animation. Would it be in storyboards, scenes or animation?
With people in the creative area… Scriptwriters, ilustrators, etc… Who knows directors of Brazilian movies?

Do you know Brazilian artists in the animation area, script or drawing?
Not. But I hear many about Fernando Meireles, Walter Salles…

Do you believe mangas of other countries (not Japanese) can be animes by Madhouse?
Oh, sure, if manga will be attractive of creative and to have chance around business-oriented…

It is possible them foreign artists to send works (drawings or scripts) for the Madhouse?
Sure!

Would you have some final commentary? Or would you like to say something that I wasn´t asked?
I believe that the anime market in Brazil opens each time more, through incessant growth of gotten passionate Brazilian fans. Brazilian fans: I wait to bring more animes to Brazil and I waits that you attend each time more! Thank you!

ALEX YEH

What is public company Index?
It´s a company with main focus in distribution of content to cell company. It´s English website: http://www.index-hd.com/english/index.html

Do Madhouse intends to visit other Latin America countries soon and to create plans to region? In the majority of the American countries the official language is the Spanish…
We are thinking about marking presence in Latin America, but we have Brazil as priority.

How can foreign artists send its works? It´s necessary to have a marketing project, similar to Afro Samurai?
The artists can contact our teams to submit the works. They need to have clear objectives of the that they search when submitting work for Madhouse (to want work, to present projects, searched training, etc..). If project will have marketing acceptance, the possibilities is always biggest.

My special thanks to Mr. Maruta, Mr. Yeh and Fernando Ventura

Posted in Animes Diversos, Entrevista, Fernando Ventura, Interview | Leave a Comment »

ANIMA INFO 294

Posted by Sandra Monte on July 7, 2007

Paprika anime and voice actor Toru Furuya in Brazil

In the last thursday, Papo de Budega participated of the Animecon conference press. We had the chance to talk with the Madhouse president, who informed Paprika anime comes to Brazil in October or November. He still said that new title of Satoshi Kon must be launched before 2010.
Also, we know better voice actor Toru Furuya, who made Seiya of the Saint Seiya TV series. We ask if he would like to make some other character as a god or a villain. He said that not. “doesn´t have as I to make other character in this title. Always likeable, Toru still said that originally, he had been scaled to make Shiriyu and not Seiya. The voice actor will be in Sunday ( July 08th) in Animecon Convention.
Images coming soon

Anime Paprika e dublador Toru Furuya no Brasil

Na última quinta-feira, o Papo de Budega participou da coletiva de imprensa do evento Animecon. Tivemos a oportunidade de conversar com o presidente da Madhouse, que informou a vinda do anime Paprika em outubro ou novembro para o Brasil. Ele ainda disse que o novo título de Satoshi Kon deve ser lançado antes de 2010.
Também conhecemos melhor o dublador Toru Furuya, que fez o Seiya dos Cavaleiros do Zodíaco na versão para TV. Perguntamos se ele gostaria de fazer algum outro personagem como um deus ou um vilão. Ele disse que não. “Não há como eu fazer outro personagem neste título”. Sempre simpático, Toru ainda disse que ele originalmente tinha sido escalado para fazer o Shiriyu e não o Seiya. O dublador estará no domingo (08 de julho) no Animecon.
Em breve colocaremos imagens da coletiva

Posted in Animes Diversos, Cartoon Network, Dublagem, Entrevista, Evento, Interview | Leave a Comment »

ANIMA INFO 285 – Special/ Especial

Posted by Sandra Monte on June 18, 2007


I N T E R V I E W


Min Woo-Hyung is one of the manhwa authors (comics korean) more well-known currently. He´s author of Priest, manhwa arrived at American market for the Tokyopop and Brazil for the Lumus Publishing company. He spoke to Papo de Budega of his well-known title and others projects.

Please, tell us a little about you. What do you like to make, to read, etc.
Movie, manwha, friends, girls.(haha) I don’t read much. My hobbies change time to time so it’s not easy to tell only one thing. But I like male, boyish things mostly.

Who are your favorite authors?
I like Ashley Wood, Mike Mignola (Hell Boy).

Which one of your projects did you most like?
Priest.

Do you know any young artist that you think is very good?
Well, I’m sorry to mention that I don’t know recent new authors yet…

What is your biggest inspiration when you do a terror story?
Mostly games and movies. They are simple and easy but affect greatly.

The theme of Priest is very adult and mature. Have you ever thought about making something for children?
I’m doing right now. The title is The Battle of God of War and it’s a fantastic manwha targeting young boys. I started this suddenly because I thought I should do this before I become older.

Did you believe that your history would arrive in other countries as U.S.A., France, Germany or Brazil?
I’d never imagined that. If I had, I wouldn’t have showed my personal hobbies and taste so openly. I could be more nervous and become rigid so it would rather give bad effect to my manwha.

What do you wait of the cinematographic version of Priest?
Officially, I hope it can be great, terrific and high level of movie that everyone likes. Unofficially, a big economical profit is what I want.

Do you know any Brazilian or Latin artists?
I’m sorry but I know none.

Would you like to come to events or lectures in Brazil? Or you aren’t a parties adictive?
I love to be with many people. Brazil is the place that I really want to go one day.

Which is your (or other) current project? Any future project?
“The battle of the God of War” that I mentioned earlier. It’s a fantasy for young boys.

What advice would you give for young artists?
Don’t hesitate or hurt your pride when you get something from others. Try to accept what you don’t have. It will help you to find your own ones easily, speedy and effectively that you can’t find by yourself.

Thank you for the interview!!!
My special thanks to Mr. Kim Tae-Hyung, Renato Torelli, Lumus Editora, Daiwon C.I. Inc., Hong Jeong Hyun and Fernando Ventura

E N T R E V I S T A


Min Woo-Hyung é um dos autores de manwhas (comics coreanos) mais conhecidos no mundo atualmente. Ele é autor de Planet Blood, manwha que chegou ao mercado americano pela Tokyopop e no Brasil pela Lumus Editora. Ele falou ao Papo de Budega de seu título mais conhecido e outros projetos.

Fale um pouco de você. Do que gosta de fazer , ler, etc.
Gosto de filmes, manwhas, meus amigos, garotas (hahah). Eu não leio muito, não. Meus passatempos mudam demais e não é fácil falar de uma coisa que eu goste. Eu gosto de fazer coisas de homem.

Quais são seus autores preferidos?
Gosto de Ashley Wood, Mike Mignola (Hell Boy).

Qual seu trabalho que você mais gosta?
Priest.

Você conhece algum jovem artista que você acredita ser muito bom?
Bem, peço desculpas, mas eu não conheço nenhum novo autor…

Qual sua grande inspiração para fazer uma história de terror?
Acho que games e filmes. São trabalhos simples e fáceis, mas atraem bastante…

Priest é uma história bem adulta. Você já pensou em fazer algo para crianças?
Eu estou fazendo uma agora. O título é A Batalha do Deus da Guerra e é um manwha fantástico para os jovens garotos. Comecei este trabalho porque pensei que eu devo fazê-lo antes de ficar mais velho…

Você achou que sua história chegaria a outros países como Estados Unidos, França, Alemanha ou Brasil?
Eu nunca tinha imaginado isso. Se eu tivesse, eu não mostraria meus passatempos e gostos pessoais tão abertamente. Eu posso ficar mais nervoso e mais “rígido” e isso pode causar um mal efeito no meu quadrinho.

O que você espera da versão cinematográfica de Priest?
Oficialmente, eu espero que seja o ótimo filme, “terrível” e bom para que todos gostem. E claro, que tenha muito lucro… é o que eu espero.

Você conhece algum artista brasileiro?
Desculpe-me, mas não conheço nenhum…

Você gostaria de vir em eventos ou palestras no Brasil? Ou você não curte eventos?
Eu adoro o povo brasileiro. O Brasil é um lugar que eu realmente gostaria de visitar um dia!

Qual seu trabalho atual? Ou trabalho futuro?
A Batalha do Deus da Guerra que eu mencionei antes. É uma fantasia para garotos.

Que conselho você daria para os novos artistas?
Não hesite e nem se machuque quando você começar algo. Não leve as críticas para o lado pessoal quando você está começando. Você evoluirá mais rápido e com mais facilidade do que se ficar batendo a cabeça sozinho.

OBRIGADA PELA ENTREVISTA

Meus agradecimentos especiais para to Mr. Kim Tae-Hyung, Renato Torelli, Lumus Editora, Daiwon C.I. Inc., Hong Jeong Hyun e Fernando Ventura

Posted in Entrevista, Fernando Ventura, Interview, Lumus Editora | 6 Comments »

ANIMA INFO 270 Special / Especial

Posted by Sandra Monte on May 16, 2007

I N T E R V I E W


Kim Tae-Hyung is one of the manhwa authors (comics korean) more well-known currently. He´s author of Planet Blood, manhwa arrived at American market for the Tokyopop and Brazil for the Lumus Publishing company. He spoke to Papo de Budega of his well-known title and others projects.

Please, tell us a little about you. What do you like to make, to read, etc.
I should say my favorite thing is sleeping… I enjoy playing game much too and I like to read historical books.

Who are your favorite authors?
Ko, Woo Young (who already passed away) and Yukinibu Hosino, Minoru Furuya from Japan.

Which one of your projects did you most like?
‘Planet Blood’ for sure.

Do you know any young artist that you think is very good?
I love ‘A Report of Swamp Ecology’ by Choi, Ku Seok.

What is your biggest inspiration when you do a scientific fiction story?
A source of Inspiration is the interest. I watch and read many SF movies and comic books.

The theme of Red Blood is very adult and mature. Have you ever thought about making something for children?
‘The Ant Man’ that I made before ‘Planet Blood’ was for children. I want to make something more adult targeting manwha than ‘Planet Blood’.

Would you like to see your story as an animation or a film?
Of course I do. But I think it is more urgent to plan something better and popular manwha.

Do you know any Brazilian or Latin artists?
Unfortunately, I know none of Brazilian comic book writer. But I cried a lot after reading O meu pé de laranja lima, written by Vasconcelos when I was young. I also love Bossa Nova and Sepultura as well.

Would you like to come to events or lectures in Brazil ? Or you aren’t a parties adictive?
Of course I would love to visit Brazil . But I give up going there because it cost too much money. If I can afford, I want to travel there not only for the event. Talking about crowded city, Seoul is not better condition than that.

Which is your (or other) current project? Any future project?
After ‘Planet Blood’ I finished short story ‘Déjà vu – the fall part’ and I am taking a break from manwha. I am working on game currently and planning to make stories about the time before ‘Planet Blood’ someday.

What advice would you give for young artists?
Different from any other jobs, many of comic book writers choose their jobs only because they like manwha. It is happy enough to live doing what you wanted to do.

My special thanks to Mr. Kim Tae-Hyung, Renato Torelli, Lumus Editora, Daiwon C.I. Inc. and Fernando Ventura

E N T R E V I S T A


Kim Tae-Hyung é um dos autores de manwhas (comics coreanos) mais conhecidos no mundo atualmente. Ele é autor de Planet Blood, manwha que chegou ao mercado americano pela Tokyopop e no Brasil pela Lumus Editora. Ele falou ao Papo de Budega de seu título mais conhecido e outros projetos.

Fale um pouco sobre você. O que gosta de fazer, de ler, etc.
Posso dizer que minha atividade favorita é dormir… Adoro games e ler livros históricos.

Quais são os seus autores favoritos?
Ko, Woo Young (já falecido) e Yukinibu Hosino, Minoru Furuya do Japão.

Qual dos seus projetos você mais gostou de fazer?
“Planet Blood” claro!

Conhece algum jovem artista que considera muito bom?
Gosto muito de “A Report of Swamp Ecology” de Ku Seok Choi.

Qual a sua maior fonte de inspiração quando você escreve uma história de ficção científica?
A maior fonte da inspiração é o interesse. Assisto a muitos filmes de ficção científica e leio muitas HQs.

O tema de Planet Blood é muito adulto e maturo. Você já pensou em produzir quadrinhos para crianças?
“The Ant Man” (O Homem Formiga) que produzi antes de “Planet Blood” foi feito para crianças. Eu gostaria de fazer mais manwhas adultos depois de “Planet Blood”.

Você gostaria de ver suas histórias em animações ou filmes?
Certamente. Mas acho que agora é mais importante planejar melhor algum outro manwha popular.

Você conhece algum artista brasileiro ou latino-americano?
Infelizmente, não conheço nenhum quadrinhista brasileiro. Mas gostei e chorei bastante depois de ler O Meu Pé de Laranja Lima, escrita por José Mauro de Vasconcelos, quando era novo. Também adoro Bossa Nova e o Sepultura.

Você viria para eventos ou palestras no Brasil?
Com certeza eu adoraria visitar o Brasil. Mas custa muito dinheiro fazer uma viagem. Se eu tiver recursos, eu gostaria de viajar não apenas para ir em um evento. Falando em cidades lotadas, Seul está bem próxima disso!

Qual é o seu projeto atual?
Depois de “Planet Blood”, eu acabei uma história curtinha chamada “Déjà vu – the fall part”, e agora eu estou dando um tempinho nos HQs. Estou trabalhando em games e planejando fazer histórias sobre o passado de “Planet Blood”.

Que conselhos você daria para os novos artistas?
Diferente de todos os tipos de trabalho, muitos autores de quadrinhos escolhem seus trabalhos por gostarem de manwha. Realmente é muito bom poder fazer o que gosta!

Meus agradecimentos especiais para o Mr. Kim Tae-Hyung, Renato Torelli, Lumus Editora, Daiwon C.I. Inc. e Fernando Ventura

Posted in Entrevista, Fernando Ventura, Interview, Lumus Editora | 1 Comment »

ANIMA INFO 260 Special/ Especial

Posted by Sandra Monte on May 7, 2007

SATOSHI KON´S I N T E R V I E W


Satoshi Kon 今敏 is one of the great directors of the Japanese animation of the present time. He´s well-known by his works Tokyo Godfathers 東京ゴッドファーザーズ , Millennium Actress 千年女優, Perfect Blue パーフェクト・ブルー, Paranoia Agent 妄想代理人, and Paprika パプリカ, his last movie. Papo de Budega talked with the director. Satoshi made diverse commentaries and said his new work, an adventure/fantasy movie for children.

Tell a little about you. What you like to make, to read, etc.
I love my work more than anything else. That is because I turned what I love into a career. I’ve been doing it for at least 20 years, and the longer I do it, the more I like doing it. So, by now, I don’t have anything I can call as my hobby besides my job. But if you insist, I must say I love eating good meal and drinking good sake.
In 2006, especially, I had a great opportunity to enjoy delicious meals in every place I visited in and out of Japan, because I visited many places for the promotion of “Paprika.” You can’t miss good sake when you have great food. I like wine, especially. I like drinking, of course, but nothing is more fun than drinking and chatting with people I get along with.
I have many opportunities to drink with my co-workers, and we talk a lot about our work. A lot of ideas come into my mind when I drink and talk with people. With or without drinking, it’s better for me to talk with someone when I think about movie projects and stories. In fact, I came up with the idea for “Millennium Actress” in a pub.
I like reading books, watching movies and listening to music, as well as writing something on the Internet. But for me, all those things that can generally be called as hobbies are almost like part of my work. Whatever I do, it’s a part of learning process for me. So, it’s hard to call them as hobbies.
I watch movies mostly on DVDs. I can hardly make time to get to movie theaters, and I find it very useful for me because I can enjoy movies in a way I like and anytime I want. But there are less movies I get to see than what I used to when I was much younger. The main reason is that I am busy with my work, but I think I have less appetite for watching them.
Similarly, I used to buy many CDs every month. But I hardly buy them these days. Whether they are movies or music, I feel like I will have a chance to encounter things that are necessary for me in the future even though I don’t make efforts to find them desperately.
Instead, I try to read as much as I can. I don’t read novels really, but I read a lot of books on psychology, psychoanalysis, history, religion, culture, philosophy, modern criticism, Japanese language, film and other fields intended for general readers. I read a lot of fables these days, like folk tales and myths.

Who’s yours preferred authors?
When it comes to novels, I had read books written by Yasutaka Tsutsui, Ryotaro Shiba, and Haruki Murakami in a concentrated manner for a certain periods for each of these authors. When I was around 20 years old, I read many science-fiction novels by Yasutaka Tsutsui, who wrote the original story of “Paprika.” And I read many books by Ryotaro Shiba, the master of historical novels, in my early 20s and mid-30s in such an enthusiastic manner. As for Haruki Murakami, one of Japan’s world-famous contemporary writers, I read one of his novels only about three years ago. And since then, I read most of his books in a short period of time.
Although they are not novels, I also read a lot of literary works by Hayao Kawai, a former chief of Japan’s Agency for Cultural Affairs who is also a psychotherapist. Not to mention his books on analytical psychology (Jungian psychology), which is his specialty, I read a series of his books on how to interpret folk tales and other fairy tale-kind of stories from the standpoint of analytical psychology. They were very interesting. The reason why I tend to deal with “dreams” as a theme in my movies might be from the influence of Mr. Kawai’s books.
And it was Mr. Susumu Hirasawa’s music that made me strongly interested in psychological things. He is in charge of music for “Millennium Actress,” “Paprika,” and “Paranoia Agent.” I wanted to learn much more about Mr. Hirasawa’s music, and as a result, I became interested in psychological themes behind complicated lyrics of his songs. That prompted me to read books by Mr. Kawai.
Literary works by Tatsuru Uchida, who is known as a specialist of French contemporary philosophy, film theory and martial arts theory, are very evocative. His books are crucial for me in recent years in terms of cultivating my thoughts.
There are so many film directors I admire, but Akira Kurosawa is the most respectable director for me. His movies are unquestionably wonderful. But after reading interviews with him and his staff, as well as other articles about him, I especially admire his attitude for his work, so to speak, more than anything else. I mean, he exerts a great deal of efforts and wisdom to make his movie better as much as possible. So, I usually read books related to Mr. Kurosawa while making my own movie. I guess it’s because I feel like works of Mr. Kurosawa and his wonderful film crew, known as the Kurosawa-gumi (group), are giving spurs and encouragement to me.

Which project your did you most like?
Each of my projects is a memorable one for me, and I can’t say which one is the best. Each time, I did the best I could. But still, I have a deep emotional attachment for movies I directed. I love them equally, whether they were based on someone else’s stories or my own ideas. And at the same time, I still feel frustrated about clumsy parts of those movies. I made a directorial debut with “Perfect Blue,” which gave direction to my subsequent creative activities in a major way.
“Millennium Actress” was made based on my original story for the first time and it occupies a very important place for me, because the film gave me a chance to realize the relationship between my work and myself. Besides, it gave me a sense of fulfillment and achievement because I was able to ask Mr. Susumu Hirasawa, whom I respect very much, to write music for the feature.
I think that the balance of the script and characters for “Tokyo Godfathers,” as well as the quality of key animation and background paintings, went very well. So this movie is one that I could enjoy from the bottom of my heart when it was completed, and still is.
“Paranoia Agent” was my first TV-animated series. I enjoyed making it a lot. The production schedule was very tight. But it also gave the series a touch of freshness, because I could turn ideas I conceived into images in such a short period of time. The fact that I could enjoy applying various directorial styles was the unique aspect this project could offer.
Because “Paprika” is my latest work, honestly, I can’t say I have already made up my mind what to say about it. But before anything else, this movie is sort of a sum-up of my directorial work, and I think it is an important movie for me that served as the starting point for projects I will get involved with.
Each of my previous works is indeed a memorable and meaningful one for me. But if you ask me which one I love most, I’d say my next project I am already working on is the one.

Do you know any young artist that you think is very good?
At the age 43, I’m still considered to be one of young artists, so to speak, and I don’t have any particular candidate in my mind because I don’t get to know other artists’ works. I try to keep an eye on those animations that attract attention in the animation industry, but I have to say I think I’m pretty much caught up in making my own movies.

Do you prefer to make TV series or movies?
Each of them has their own advantages, but I feel that it’s easier for me to work on movies. Story or image, I like things that are of high density, whether story or image. So, I guess there are more things I fail to incorporate into my work than I can put in when I work on TV series, in which the production schedule is tightly set.
But it was unusual when I was working on “Paranoia Agent.” I enjoyed turning ideas into images one after the other as soon as I conceived them. I had so many ideas I couldn’t use for my previous movies, so I was able to recycle them and add new ideas. Then I had many animation directors and animators to turn them into many variations for the TV series. I’m interested in TV series from the standpoint that I can do things I cannot do with movies. I want to think about projects for TV series if an idea that is good for such a project comes into my mind.

You work on diverse production stages. Which is your preferred script, drawing, direction and why?
Now, that is hard to answer, because I enjoy each of those processes from the bottom of my heart. I can’t handle things well sometimes, but I never thought I didn’t want to do or I’m not good at doing those things. Actually, I find myself enjoying doing any of those processes very much. Not to mention the actual production work, I also found it very interesting and amusing to be involved with promotional work such as being interviewed about my work, drawing illustrations for posters and DVD jackets.
But if I have to answer one thing, I should say it’s got to be storyboarding. What’s so interesting about storyboarding is that nothing is more interesting than generating visual images from words, meaning, scripts. And because storyboards are the blueprint for a movie, the final form as a movie totally depends on the storyboards. Of course, each process of creating concrete images and sound based on the blueprints is also important. You can’t make a good movie no matter how interesting those storyboards might be when the quality of subsequent work is poor.
But I can say one thing: you can absolutely never make a good movie out of poorly-drawn storyboards. If the storyboards are boring, the quality of the movie can be improved if you do the best you can in the subsequent processes. But it will never be interesting. I think that drawing good storyboards is the minimum requirement to make a good movie. And I think storyboarding is a crucial element of the production on such a degree.

The themes of yours stories are very adult and mature. Have you ever thought about making something for children?
The project I have in mind right now is indeed a movie for children. However, I initially had said that “Paprika” was about “a superheroine” who can transform herself. So, when I say it is for children, I guess it won’t be as straightforward as it might sound. Of course, the contents of the project will be something that is completely different from my previous movies, and I intend to create pretty-looking characters. It will be an adventure story for children to enjoy.
But if that is all I can talk about the project, adult audience, for whom I have supposedly targeted with my previous animations, will not be satisfied very much. That’s why I’m planning not to make it so naive. Ideally, I want to make it a dual-structured movie, in which children can enjoy it as a fantasy while adults can find the other message in it.

Do you choose yourself the production team, and voice actors?
It is up to the director to make final decisions on those matters, but I think it’s like a fate, in a way, for who will turn out to be a part of the team. Sometimes the producer introduces them to me, and on other occasions, I ask someone to do the job through staff members of each production part. In fact, on many occasions, I can’t get people I want on my production team even though I want to ask them to join. So, I think I am also chosen to be a part of the production team just as the director makes his selections.
Besides, the Japanese animation industry is always short of manpower despite the large number of productions of TV series and movies. And the number of staff members who can satisfy the level required for theatrical animation movies is even less. It means that many production companies are vying with each other to secure those staff. So, we have to consider what kind of animation productions will be being made around the same time. It is already a difficult task to collect an appropriate number of staff, and it is much more difficult when it comes to collecting staff you wish to have. I feel an urgent need that in addition to attracting capable staff, we also need to consider ways to bring out more abilities from staff who are willing to take the jobs and improve their abilities.

Millennium Actress is based on a real story?
No, not at all. I had the image of Setsuko Hara, one of Japan’s great actresses who quit acting out of the blue, for Chiyoko, the protagonist of the movie. But it was merely a concept for the setting of the movie, and that’s all there is to it. The story of “Millennium Actress” is, indeed, sort of a collage based on many fragments of episodes from movies, television series, and historical events. But my creation serves as the vertical axis that holds them together.

You had dubbed Jinnai in Paprika. Why you decided to dub Jinnai? Do you intend to make more dubbing?
It just came up like a joke, with no serious meaning attached. But because the two bartenders, “the dwellers of the Internet world,” serve as the very special component of the story even in the world of “Paprika,” I thought it would be a good idea for the casting of voice actors to have a special meaning that goes along with it.
So, I thought it might be interesting to have the combination of the original writer and the director of “Paprika” to dub them, instead of having professional voice actors play the parts. Actually, I thought I could do a little bit better than it turned out. It was very difficult. Nothing was more difficult to play it by myself and then judge whether it was good or bad. I thought as if my brain was almost going out of control. Still, I’d like to give it a try if there is a chance to do it again.

Do you know any Brazilian or Latin artists?
When it comes to Brazil, I can’t help thinking about football and Formula 1 before anything else. As for football, I just keep up with the FIFA World Cup. But every year, I look forward to seeing each race of the Formula 1. I’m afraid there will not be another superstar like Ayrton Senna any more, but I’m a big fan of Felipe Massa and Rubens Barrichello.
I can’t give names of artists from Brazil or other Latin countries immediately, but I think “Pubis Angelical” by Manuel Puig might have given me some sort of inspiration for “Millennium Actress” in terms of its irregular composition of the story, although I read the book a long time ago.

Would you like to come to events or lectures in Brazil? Or you aren’t a parties addictive?
I’d say I’d prefer attending events, so I’ll visit Brazil if there is an offer and if my schedule allows. But it might be a tough trip for me, because I’m a smoker and I heard that it takes a really long time to get there from Japan. My thinking becomes weakened without smoking, and I need cigarettes whatever I do. I just can’t go with the flow of the times, not on this.

Which is your current project? Any future project?
As I told you before, I’m planning to make an adventure/fantasy movie for children. For this project, I intend to create characters whose looks are not realistic, and the story will likely be something like a fairy tale, or perhaps a folk tale, which will take place in a far away future. And music will play a large part in this movie. It’s not a musical, but it can be said like a “music animation,” so to speak.

What advice would you give for young artists on script and/or drawing?
Whether you want to write a story or do drawings, I think you must learn what you don’t know and what you can’t express through creative activities like writing and drawing. You won’t get better by just making continuous efforts without specific purposes. And you can’t expand the scope of your intellectual framework by simply repeating what you can do, feeling as if you are on top of the world.
To widen your framework is what I think gives you progress and improvement. You can only learn what you can’t do by giving it a try. As you learn more about things you are incapable of doing, the way you look at outstanding movies by other artists will start to change. How others do things you can’t do? I think that coming into contact with wonderful movies, with questions only you can ask in mind, is the only chance you can learn concrete things.
It is often said that watching a lot of movies is important, and I think that is true in terms of improving your knowledge. But it is hard to turn them into your creative abilities when it comes to making your own things if you simply multiply the number of movies you watch. That is because if you can obtain various techniques by just watching many movies, film critics and movie bugs can be great filmmakers. That won’t happen. Of course, they could be experts of watching movies, but that’s a different story.
There are many ways to improve your skills, and there are many answers to it. There are as many ways as the number of willing people. There is no general advice you can follow. But if you desperately try to find or make up your own ways, you could end up with an accumulation of wasted efforts. So, I think it would be better for you to learn techniques of someone you prefer or you admire in a concentrated manner, at least once in your life. It’s about deciding your mentor.
Of course, it might not be easy for you to find an artist around you who can satisfy such a requirement. But you can come into contact with works he or she has created through movies, books and other media. And I think it is important to try to know the techniques with the intention of making them into your own as a creator, not as a fan. But it doesn’t mean you imitate them.
If I’m allowed to say it, it’s about learning how your mentor does it. It’s not about imitating the results of what the mentor produced, but it’s about learning the mentor’s attitude that brought him or her to produce those results, in other words, how the mentor made his or her way through to get to the results. You might find something you can’t really understand, or even things you’d feel unreasonable and absurd, but you will understand the meaning of such things later as you keep leaning his or her attitude.
I think it is all right to mimic your mentor’s style at the start. As you repeat what you do and accumulate experience, you’ll definitely find sort of an original method of your own. And I think that such an attitude and method you acquire while doing so will not be influenced by trends and can last for a long time.

My special thanks to Mr. Satoshi Kon, Mr. Izumi, Madhouse Studios, ANN for image and Fernando Ventura

E N T R E V I S T A COM SATOSHI KON


Satoshi Kon 今敏 é um dos mais conhecidos diretores da animação japonesa dos últimos anos. Em seu curriculum há títulos como Tokyo Godfathers 東京ゴッドファーザーズ , Millennium Actress 千年女優, Perfect Blue パーフェクト・ブルー, Paranoia Agent 妄想代理人 e Paprika パプリカ, seu último trabalho. O Papo de Budega conversou com ele acerca de vários assuntos, inclusive seu novo projeto, um filme de aventuras para crianças.

Fale um pouco de você. Do que você gosta de fazer, ler, etc.
Gosto do meu trabalho mais do que qualquer outra coisa. Tenho trabalhado por 20 anos e espero continuar por muito tempo ainda, pois amo o que faço. Por isso, eu diria que não tenho passatempos além do trabalho. Mas gosto de comer bem e beber saquê! Em 2006, especialmente, tive oportunidade de experimentar refeições maravilhosas em cada lugar que visitei dentro e fora do Japão, para promover Paprika. Não se deve perder um bom saquê quando a comida é boa. Também aprecio vinhos.
Gosto de beber, mas é ainda mais divertido junto com os amigos. Nestes momentos, converso muito sobre trabalho com meus colegas, pois são momentos em que surgem muitas idéias. Gosto de conversar sobre meus projetos de filmes e histórias. Tanto que tive a idéia de fazer Millennium Actress em um barzinho. Também gosto de livros, filmes, música e de escrever na internet. As pessoas chamam de passatempos, mas é parte do meu trabalho, do processo de aprendizagem. Gosto de assistir filmes em DVDs, pois tenho pouco tempo de ir ao cinema. Acho muito útil apreciar os filmes a qualquer hora e vê-los quando e como eu quiser. Mas, tenho visto poucos filmes hoje do que quando era mais novo. O interesse diminuiu por estar muito ocupado.
Também costumava comprar CDs todos os meses. Sempre achei necessário procurar filmes e músicas que um dia poderiam ser úteis – ainda que eu não faça buscas desesperadas por conta disso. Em compensação, procuro ler tudo o que posso. Não leio muitos romances, mas dezenas de livros sobre psicologia, psicanálise, História, religião, cultura, filosofia, críticas modernas, língua japonesa, filmes entre outros. Tenho lido muitas fábulas esses dias: mitos e folclores.

Quais são seus autores preferidos?
Quanto a romances, li muitos livros de Yasutaka Tsutsui, Ryotaro Shiba, e Haruki Murakami com muita atenção. Por volta dos 20 anos, li muitas histórias de ficção de Yasutaka Tsutsui, que escreveu a história original de Paprika. Também li muitos livros de Ryotaro Shiba, mestre de romances históricos. De Haruki Murakami, um dos escritores comtemporâneos mais conhecidos do Japão, li um dos seus romances somente há três anos. Desde então, tenho lido seus livros rapidamente.
Apesar de não serem romances, leio muitos trabalhos de Hayao Kawai, antigo chefe da Agência de Cultura do Japão. Ele é psicoterapeuta. Sem mencionar os livros de psicologia analítica, sua especialidade. Li outra série de seus livros como interpretar contos populares e contos de fadas do ponto de vista da psicologia. A razão de lidar com “sonhos” em meus filmes são por influência do senhor Kawai.
Foi a música do Sr. Susumu Hirasawa que me fez interessar-me por psicologia. Ele foi o encarregado pelas músicas de Millennium Actress, Paprika, e Paranoia Agent. Eu quis aprender muito mais sobre as músicas dele e por conseqüência, interessei-me por temas psicológicos por meio de melodias de suas canções. Isso me levou até os livros do senhor Kawai. O trabalho literário de Tatsuru Uchida – conhecido como especialista da filosofia contemporânea francesa, da teoria de filmes e artes marciais – é bem interessante. Seus livros são cruciais para mim, para clarear meus pensamentos.
Há muitos diretores de filmes que admiro, mas Akira Kurosawa é o que mais aprecio. Seus filmes são incrivelmente maravilhosos. Depois de ler entrevistas com ele e sua equipe, assim como outros artigos, eu realmente tenho admiração especial pelo trabalho de Kurosawa, mais do que qualquer outro. Eu acredito que ele não media esforços para fazer o melhor possível em seus filmes. Por isso, releio livros que falam do Senhor Kurosawa ao produzir os meus filmes. É como se o próprio Kurosawa e sua equipe me dessem força e incentivo!

Qual projeto você mais gostou de fazer?
Todos os projetos são memoráveis para mim, por isso não posso citar um só. Fiz o melhor que pude em cada um. Tenho um profundo carinho pelos filmes que dirigi. Gosto de todos igualmente, sejam histórias de outras pessoas ou as minhas próprias. Mas ao mesmo tempo, fico frustrado com detalhes não muito bons dos filmes. Fiz minha estréia como diretor em Perfect Blue, que abriu o leque para minhas futuras atividades criativas.
Millennium Actress foi baseado em minha história original, o que faz ocupar um lugar especial para mim, pois o filme me deu a possibilidade de perceber melhor o meu trabalho e a mim mesmo. Para fazer este filme, eu pude contar com o senhor Susumu Hirasawa, a quem respeito muitíssimo, para escrever a música do filme.
Acredito que o balanço entre roteiro e personagens de Tokyo Godfathers, assim como a qualidade da animação principal e cenários, que ficaram ótimos. Posso dizer que senti um profundo carinho por este filme quando o vi encerrado.
Paranoia Agent foi minha primeira série animada, da qual também gostei muito de produzir. Os prazos estavam muito apertados. Mas isso deu a série um toque de frescor e espontaneidade, ao rabiscar as idéias rapidamente. Também pude aplicar vários estilos, pois o projeto dava margem para isso.
Paprika é o meu trabalho mais recente e talvez por isso, eu não teria uma posição formada ainda sobre este título. Mas acima de tudo, este filme é uma soma de meu trabalho como diretor, o que também o torna importante, por ser o trampolim para meus futuros projetos. Enfim, todos os meus trabalhos são importantes e têm um significado especial. Mas, se você me perguntar qual é mais, mais especial, eu diria que é meu projeto atual, aquele em qual estou trabalhando.

Você conhece algum jovem artista muito bom?
Com 43 anos ainda me considero um jovem artista… Não saberia citar uma pessoa, até porque não conheço a fundo o trabalho de outros profissionais. Procuro prestar atenção nas animações que chamam a atenção da indústria, mas devo confessar que tenho me concentrado na produção dos meus próprios filmes.

Você prefere produzir filmes ou séries animadas?
Cada um tem suas próprias características, mas acredito ser mais fácil fazer filmes. Sejam histórias ou imagens, gosto de assuntos com densidade, mais difíceis de explorar em séries animadas. Em Paranoia Agent, pude trabalhar rapidamente. Aproveitei muitas idéias que não pude encaixar em meus filmes, então as reciclei e transformei em novos conceitos. Aproveitei muitos diretores e animadores ao questionar as melhores alternativas para a série. Gosto dos seriados de televisão porque posso fazer o que não é possível nos filmes. Interesso-me por projetos televisivos, desde que a idéia seja boa.

Você trabalha em diversos estágios em uma produção. O que você prefere: escrever, desenhar dirigir e por quê?
Puxa, isso é duro de responder, porque adoro de cada uma das fases do processo. Realmente gosto de todas estas atividades, e nunca parei para pensar muito nisso. Também acho interessante estar envolvido nas atividades promocionais de um título, como entrevistas sobre meu trabalho, ilustrações para pôsteres e capas de DVD.
Mas se eu tiver que responder só uma coisa, eu diria que é o storyboard. O mais interessante sobre os boards é o fato de eles transformarem palavras em imagens. Também porque os boards são como a planta estrutural do filme. Claro que você não pode fazer um bom filme com um storyboard soberbo e um trabalho subseqüente ruim. Mas afirmo ser impossível fazer um bom filme sem um storyboard bem planejado. Na verdade, acredito que é o elemento fundamental para a qualidade de uma produção.

Os temas de suas histórias são normalmente adultos. Você teria interesse em fazer algo para crianças um dia?
O meu projeto atual é justamente um filme para crianças. Eu tinha dito que Paprika era um filme sobre uma “super-heroína” que pode se auto-transformar. Por isso, quando falo que é para crianças, pode não ser em sua totalidade. Este é um projeto bem diferente dos que eu fiz anteriormente, e pretendo criar um clima diferente, com personagens atrativos. Será uma história de aventuras que as crianças vão gostar. Mas é tudo o que eu posso falar do projeto. Pretendo fazer um filme no qual as crianças possam curtir a fantasia, e uma história em que os adultos possam encontrar uma mensagem.

É você próprio quem escolhe toda a sua equipe de produção?
É o diretor que tem as decisões finais acerca de tudo, mas eu acredito este faço parte de um todo, parte da equipe. Às vezes, o produtor apresenta as pessoas para mim, e em outras ocasiões, peço que alguém realize o trabalho. Em muitas ocasiões, não posso contar com algumas pessoas que quero no meu time de produção. Portanto, em contrapartida, eu também sou escolhido para ser o diretor de uma equipe.
As decisões da indústria japonesa estão sempre nas mãos de homens importantes devido ao enorme número de produções de filmes e séries de TV. E o número de artistas com qualidade para a produção de filmes cinematográficos é ainda menor, o que leva muitas empresas a disputarem para manter consigo estes funcionários nas equipes. Por isso, temos que considerar as várias possibilidades de produção. É muito difícil ter um número adequado de pessoas e ainda mais complicado manter os que você já tem. Sinto que é urgente não apenas atrair um staff de qualidade, mas também dar espaço aos mais novos, interessados em desenvolver suas próprias habilidades.

Millennium Actress é baseado em uma história real?
Não, de modo algum. Eu me baseei em Setsuko Hara, uma das grandes atrizes do Japão, para Chiyoko, a protagonista do filme. Mas foi apenas uma das idéias na concepção do filme. Millennium Actress é uma espécie de colagem baseada em vários trechos de episódios de filmes, séries de televisão e fatos históricos. Minha idéia serve como um eixo para ligar tudo à história principal.

Você dublou o Jinnai em Paprika. Por que você decidiu fazer este personagem? Você pretende fazer mais trabalhos de dublagem?
Foi apenas uma brincadeira. Os dois garçons, “moradores do mundo da internet” são figuras interessantes mesmo no mundo de Paprika. Eu achei que seria legal ter a combinação do autor e do diretor para dublá-los, ao invés de um profissional de dublagem. Acho que poderia ter ficado um pouco melhor. Foi muito complicado colocar minha voz no personagem. Achei que minha cabeça ia sair do meu controle. Mas eu gostaria de tentar (dublar) novamente se eu tiver a oportunidade.

Você conhece algum artista brasileiro ou latino americano?
Quando se fala em Brasil, é impossível não pensar em futebol e Fórmula 1. Sobre futebol, eu fico sabendo mais da Copa do Mundo. Eu presto mais atenção na Fórmula 1. Acho que não haverá outro piloto como o Ayrton Sena, mas sou um grande fã de Felipe Massa e Rubens Barrichello.
Não saberia nomear artistas brasileiros ou latino americanos sem consultar, mas acho que Pubis Angelical de Manuel Puig me deu uma certa inspiração para Millennium Actress na composição irregular da história, apesar de eu ter lido o livro há muito tempo.

Você viria em eventos no Brasil? Ou não gosta de convenções?
Certamente eu visitaria o Brasil e iria a eventos se fosse convidado (e tivesse tempo disponível). Mas seria uma viagem difícil para mim, porque sou fumante e eu ouvi dizer que leva muito tempo para chegar ai.

Qual seu projeto atual? Ou projeto futuro?
Como disse antes, estou planejando um filme de aventura/ fantasia para crianças. Para este projeto, pretendo criar personagens não tão realistas e a história será uma espécie de contos de fadas ou um conto popular que aconteça em um futuro distante. As músicas serão muito importantes neste filme. Não será um musical, mas pode-se dizer que é uma “animação com muita música”, por assim dizer…

Que conselhos você daria aos novos escritores e artistas?
Queira você escrever ou desenhar, penso que deve se focar em aprender o que for mais difícil e o que você não consegue expressar com atividades criativas. Você não melhorará apenas fazendo esforços contínuos sem finalidades específicas. E você não pode expandir sua estrutura intelectual simplesmente repetindo fórmulas, se sentindo no topo do mundo. Alargar seus horizontes é o que lhe dará progresso e melhorias.
Você só aprende o que não sabe tentando. Quanto mais você aprende sobre coisas das quais você é incapaz, o modo como você olha para os filmes de outros artistas irá mudar. Como os outros podem fazer o que você não pode? É com essa atitude que você pode aprender coisas concretas assistindo alguns desses filmes maravilhosos.
Diz-se frequentemente que assistir muitos filmes é importante, o que considero verdadeiro em termos de desenvolver seu conhecimento. Mas é difícil tornar essa experiência uma habilidade criativa se você apenas multiplicar o número de filmes assistidos (senão todos os críticos de cinema seriam grandes cineastas).
Se você se desesperar procurando suas próprias maneiras de fazer as coisas, pode perder seu tempo. Assim acho muito válido aprender as técnicas que você prefere ou admira com esforço e dedicação. Naturalmente não é fácil encontrar um artista que possa lhe ajudar, mas você pode ter contato com trabalhos dos seus mestres por meio de filmes, livros e outros meios. As técnicas devem ser aprendidas para que você as reproduza como um criador.
Não imitando o seu resultado, mas procurando compreender a atitude que o ou a levou a criar a obra que você aprecia. Você encontrará coisas que talvez não compreenda, ou coisas que parecem irresponsáveis ou absurdas, mas você compreenderá o significado de tais coisas se tiver uma postura modesta. Acho que é de todo direito imitar o estilo do seu mestre no início. Enquanto você copia, acumula experiência até encontrar definitivamente seu próprio estilo original – a melhor forma de não perder tempo influenciado por tendências pouco criativas.

Meus agradecimentos especiais ao senhor Satoshi Kon, senhor Izumi, estúdio Madhouse, ANN pela imagem e Fernando Ventura

Posted in Animes Diversos, Entrevista, Fernando Ventura, Interview | 2 Comments »

ANIMA INFO 221

Posted by Sandra Monte on February 28, 2007

E N T R E V I S T A


A Focus Filmes foi inaugurada em agosto de 2005, pela iniciativa de três sócios apreciadores da arte, que buscaram profissionais com experiência no mercado para compor a equipe. A empresa é um distribuidor de filmes, que há pouco tempo entrou em um mercado ainda pouco forte no Brasil: os animes.
A empresa fez e está fazendo alguns lançamentos, tendo como carro-chefe a animação Fullmetal Alchemist. Para nos falar um pouco sobre os títulos da Focus Filmes, conversamos com Renata Ishihama, gerente de marketing da companhia.
Pode-se dizer que Ishihama é veterana no mundo dos animes, pois ela foi uma das responsáveis pela vinda de Cavaleiros do Zodíaco pela Playarte. Apesar de deixar em aberto algumas respostas, podemos avaliar o cuidado da empresa com seu material, inclusive de divulgar somente o que já está certo. Confira toda a entrevista.

Fale um pouco de sua carreira fora e dentro da Focus Filmes.
Eu comecei a minha carreira no mercado de entretenimento na 20th Century Fox Home Entertainment em 2000. Depois fui convidada para reestruturar o depto de marketing Home video na PlayArte, onde fiquei até jul/05. Recebi um convite para montar o depto de marketing da Focus Filmes, a qual foi lançada em 31/08/05.

Quando houve interesse por parte da Focus pelo lançamento de animes? Há um ano, dois?
Começamos a lançar animes em outubro de 2006, com o título Fullmetal Alchemist. Quando trabalhava na PlayArte cuidei de todo lançamento de “Cavaleiros do Zodíaco” e enxerguei um potencial muito grande neste segmento. Aliás, é um gênero que lá fora faz muito sucesso e tem um mercado gigantesco. A minha preocupação e da Focus é lançarmos sempre produtos de qualidade e de acordo com o que os fãs estão esperando. Para isto, sempre ouvimos os fãs, participamos de eventos de anime e fazemos grandes parcerias.

A empresa tem acordo para lançar todos os títulos da Swen? Ou vocês têm lançado apenas o que é de interesse próprio?
Nós temos uma parceria com a Swen e lançamos os animes que o público pede.

Quais seriam os novos títulos? Há chances da vinda de InuYasha em DVD?
Os novos títulos são Hunterx Hunter, Viewtful joe, Príncipe do Tênis, além de Fullmetal Alchemist e Super Campeões.

Por que a demora no lançamento do filme de Fullmetal Alchemist? A Focus está esperando o término do lançamento da série de TV ou haveria outra razão?
Não estamos esperando o término da TV, estamos lançando em uma média de 2 meses.

Existe interesse no lançamento de outros filmes de animes? Já há algum comprado?
Sim, estamos analisando alguns títulos.

A empresa lançará Neon Gênesis Evangelion?
Estamos analisando.

Como a Focus enxerga a pirataria nos eventos e centros de animes (como Liberdade) dos títulos que a mesma já lançou e está lançado em DVD?
Sinceramente não somente títulos de anime, mas a pirataria no geral prejudica muito nosso mercado e a sociedade. O que gostaríamos que as pessoas entendessem, é que comprando um DVD pirata, elas estão contribuindo com o desemprego, a criminalidade e muita outra coisas que afetam a sociedade.
Respondendo sua pergunta, queremos continuar investindo em anime, trazendo em DVD o que o público quer, mas não podemos concorrer com os DVDs piratas, pois temos um custo alto, pagamos taxas e além de tudo isto, desenvolvemos produtos com altíssima qualidade. Sou totalmente contra a comercialização de produtos piratas em qualquer lugar.

A Focus acredita que poderia vender títulos que não têm chance de passar na TV, mas que são conhecidos por terem saído como mangás no Brasil, como Fushigi Yuugi por exemplo?
Podemos analisar cada título.

Há algum live-action comprado?
Sim…

Qual? Você poderia dizer o título ou dar uma “super” dica?
Em breve anunciaremos.

Qual mês o DVD de He-Man chegará ao mercado?
Em maio deste ano.

Quais outros desenhos americanos a empresa trará?
She- Ra. Não é desenho mas temos dois produtos interessantes :a série O Elo perdido e A flauta Mágica.

Estes títulos serão lançados todos com dublagem original?
Sim!

Muito obrigada pela entrevista.

Posted in Entrevista, Focus Filmes, Fullmetal Alchemist, He-Man, Interview | Leave a Comment »

ANIMA INFO 156 – Special / Especial

Posted by Sandra Monte on November 6, 2006

Interview


Yoshitaka Amano 天野 喜孝 is (character designer of G Force anime, Vampire Hunter D anime, Final Fantasy II, III games) one of the biggest Japanese artist of the present time. He makes drawings and diverse illustrations for many medias, including animes, games, pictures expositions among others works. Papo de Budega talked with Yoshitaka Amano about his life and personal projects.

You did character design for many animes. Which was your preferred work? What is the difference between character design of the past and of today?
Somehow, I like Kashaan. I don’t know why. When I started, there wasn’t a term “character design”. We did everything from creating stories, designing characters and story boards. It’s probably these 20 years or so that the character design was considered as a separate category. That’s the biggest difference I can think of.

Which media do you prefer to work (animes, games, etc)? You have illustrated Neil Gaiman´s Sandman. There is some other work/artist you’d like to draw/ illustrate?
Actually, whatever the final media/product is, what I do is basically the same. Put the images down on the paper! These days, I’m enjoying painting as it is. Not illustrations, nor images for other media, but a paintings/drawings on its own. As for illustrations, I’m interested in doing something with Kyoka Izumi’s work. His works are very imaginative.
Kyoka Izumi (1873~1939)
A Japanese writer known for his novels and stage scripts with a twist of fantasy and the traditional Japanese aesthetics.

You wrote Amon Saga and Angell’s Egg. Would you have you interest in writing other stories or today you prefer to make just drawings and illustrations?
I am interested in creating my own stories too, but these days, it’s not just a story or a illustration. The industry tends to think of it as a whole package. Books, films, games, toys, etc., are not considered separately, but as extensions of the basic concept. So I’m interested in creating the basic concept that can be applied into different mediums.

Which was the most difficult to make?
Every project comes with its own challenge so they almost all had some difficulties. Once in a while, I encounter a difficulty that I did not expect. I didn’t realize the challenge the format of comics have for me. I tend to create an image as an individually completed entity, but in comics, each image has to be organically connected to the one before and the one after. That was tough for me. So, I’d say Aman Saga, my only work in comic format, was the most difficult one for me.

Do you have any “ritual” when you start to do an illustration?
No I don’t. It’s more like a second nature for me, so, every day, I just go to the desk and start working.

Would you like to do or to have an exposition in Brazil or other Latin America coutry in special?
Yes, I’d love to! Please invite me!

Do you know any Brazilian or Latin artists? Would you like to know Brazil?
I love Bosa Nova and often play them while I’m working. Joan Girberto, Barden Powell, Antonio Carlos Jobin, etc. I don’t know much about the newer artists though. In art, there’s one guy, Brazilian, who does installations based on historically famous art works. I can’t remember his name, but I thought it’s very interesting.

Have you wanted to show something special when you allowed the 1 up site video?
Not really. The idea was to show my daily routines, so that’s what we did.

Which is your biggest dream?
Some day, I’d like to create a large mural. Would somebody give me an opportunity and a space?

Do you have a final consideration?
I don’t get the meaning of this question.

My special thanks for interview!

Entrevista


Yoshitaka Amano 天野 喜孝 (desenhista de personagens de G Force anime, Vampire Hunter D anime, Final Fantasy II, III games) é um dos grandes nomes dos artistas japoneses da atualidade. Ele faz desenhos e ilustrações diversas para várias mídias, inclusive animes, games, exposições de quadros entre outros trabalhos. Papo de Budega conversou com Yoshitaka Amano sobre seus projetos e história.

Você fez o desenho de muitos animes. Qual foi o seu trabalho preferido? Qual a diferença do desenhos dos personagens do passado e de hoje?
Por algum motivo, eu gosto de Kashaan. Eu não sei porque. Quando comecei, não havia o termo do “desenho de personagens”. Nós fazíamos tudo na criação das histórias, desenhando personagens e storyboards. Provavelmente nestes 20 anos o desenho de personagens passou a ser considerado como categoria separada. Esta é a maior diferença que posso me lembrar…

Para qual a mídia que você prefere trabalhar (animes, games, etc)? Você fez ilustrações de Sandman de Neil Gaiman. Há algum outro artista/título que você gostaria de desenhar/ilustrar?
Realmente, não importa a mídia, o que vale é o produto final que é basicamente o mesmo… É só colocar as imagens no papel… Atualmente, estou apreciando a pintura. Não ilustrações, nem imagens para outros meios, mas desenhos próprios. Quanto às ilustrações, eu tenho interesse em fazer algum trabalho de Kyoka Izumi. Suas obras são muito inteligentes. Kyoka Izumi (1873~1939) foi um escritor japonês conhecido por suas novelas e histórias com certa fantasia da estética japonesa tradicional.

Você escreveu Amon Saga e Angel´s Egg. Você teria interesse em escrever outras histórias hoje ou você prefere trabalhar apenas com desenhos e ilustrações?
Eu estou interessado em criar minhas próprias histórias, mas estes dias, não é apenas uma história ou uma ilustração. A indústria tende a pensar em tudo como um pacote. Os livros, películas, jogos, brinquedos, etc., não são considerados separados, mas como extensões uns dos outros. Assim eu estou interessado em criar um “conceito básico” que pode ser aplicado em meios diferentes.

Qual foi o mais difícil de fazer?
Cada projeto tem com seu próprio desafio, cada qual com sua dificuldade. De vez em quando, encontro dificuldade que eu não esperava… Eu não pensei no desafio que o formato dos quadrinhos tem para mim. Eu tento criar uma imagem como uma entidade individualmente formada mas nos quadrinhos, cada imagem tem que ser conectada a uma idéia antes. Eu resisti muito… Assim, eu diria Aman Saga, meu trabalho no formato de quadrinhos foi o mais difícil para mim.

Você tem algum “ritual” quando começa uma ilustração?
Não.. nenhum… É como uma segunda natureza para mim. A cada dia, eu apenas vou à mesa e começo trabalhar.

Você gostaria de fazer uma exposição no Brasil ou outro país da América Latina em especial?
Sim, claro! Convidem-me.

Você conhece artistas brasileiros ou latinos? Você gostaria de conhecer o Brasil?
Eu amo a Bossa Nova e ouço frequentemente quando eu estou trabalhando. João Girberto, Barden Powell, Antonio Carlos Jobin, etc… Eu não sei muito sobre os artistas mais novos. Na arte, há um rapaz brasileiro, que faz instalações baseadas em trabalhos de arte historicamente famosos. Eu não lembro seu nome, mas eu acho bem interessante.

Você queria passar algo em especial quando permitiu o vídeo do site 1 up?
Não.. A idéia era mostrar minha rotina diária, apenas isso.

Você tem algum sonho?
Algum dia, eu gostaria de fazer um grande mural. Alguém poderia me dar a oportunidade e o lugar?

Você teria alguma consideração final
Não… não tenho nenhuma.

Muito obrigada pela entrevista

Posted in Animes Diversos, Entrevista, Game, Interview | 2 Comments »